Salve Irmãos de Fé!
É com imensa alegria que nós anunciamos a mudança do templo para um novo endereço, onde poderemos recebe-los com um pouco mais de espaço e conforto.
Fiquem atentos ao Calendário!
Saravá!
T.U.E.G - Templo de Umbanda Estrela Guia - Fraternidade do Triangulo Ramatis
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Umbanda e Candomblé: temos semelhanças, mas não somos iguais!
Por:
Rodrigo Queiroz
Para entendermos as diferenças e semelhanças dessas
duas vertentes religiosas, vamos fazer um breve comentário sobre o contexto
histórico do Candomblé.
Na África, antes e durante o processo de escravidão,
existia (hoje em pequenas proporções) o Culto aos Orixás. No continente ele se
desenvolvia como um culto familiar e tinha relação com as regiões. Era como se
cada lugar pertencesse a um Orixá.
Essa tradição foi trazida para o Brasil pelos
africanos e aqui tomou pra si outro formato que culminou no que nós conhecemos
hoje como Candomblé. É por esse motivo que o Candomblé se classifica como uma
religião afro-brasileira, nasce em solo brasileiro mas possui matriz africana.
A Ekedi, professora e doutora Patrícia Globo explica
que o Candomblé é fruto de uma condição histórica específica, conhecida como
escravidão e se consolidou no Brasil, assim como a Santéria em Cuba e o Voodoo
no Haiti.
Nesta explicação simplificada de como a religião se
estabeleceu no País, já começamos a entender sobre suas diferenciações, tais
como sua base de fundamentação. Veja abaixo algumas DIFERENÇAS entre Candomblé
e Umbanda:
– Candomblé é um culto afro-brasileiro. Umbanda é
uma religião genuinamente brasileira (agrega influências dos cultos africanos,
porém incorpora outras crenças também).
– Mesmo sendo duas religiões que mantém o culto aos
Orixás, cada uma trata de uma forma diferente esse culto.
– Umbanda reconhece nas entidades de trabalho, ou
seja, espíritos de pessoas que desencarnaram, mas que voltam à Terra por meio
da incorporação do médium, a prática da caridade.
– No Candomblé o atendimento das pessoas –
normalmente – é feito através da consulta nos búzios; já na Umbanda, o passe
(benção por imposição de mãos) e a conversa com os médiuns incorporados na Gira
é a maneira mais comum de se relacionar com a espiritualidade.
– Na Umbanda existe uma dinâmica por meio da conexão
com os espíritos humanos desencarnados – que como dito anteriormente quando
incorporados aplicam os passes – em que eles trabalham também em prol da quebra
de demandas, desobsessão, corte de magia negativa dentre outros feitos. Já no
Candomblé (mais ortodoxo) espírito humano (Egun) não pode se manifestar e a
atividade acontece no Ori (cabeça da pessoa).
– O transe espiritual com seu Orixá pessoal é um
tipo de manifestação que acontece de dentro para fora e, sendo assim, de uma
maneira geral os candomblecistas não praticam a incorporação, ou seja, a
mediunidade não é um precedente.
Cada uma dessas religiões possui suas
fundamentações, ritos e estrutura religiosa específica. Poderíamos citar muitas
outras diferenças, mas seria conversa pra mais de mês…
Ver também: Estudo, Pesquisa e Vida Religiosa. Saiba
mais sobre a Prof e Ekedi Patricia Globo
As semelhanças mais evidentes (lembrando que tudo
depende da vertente em que se segue) entre essas duas confissões de fé está no
culto aos Orixás e o uso de atabaques na liturgia. Entretanto, mesmo existindo
essas duas particularidades, a Umbanda vai interagir de uma forma diferente do
culto no Candomblé.
Enfim, como dito tanto Umbanda quanto o Candomblé
são religiões que agregam muito da cultura e da pluralidade do povo brasileiro
em seus fundamentos, posto isso, ressaltamos que vale a pena conhecer e se
aprofundar mais sobre essas manifestações que contam parte da nossa história.
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Gestos ritualísticos na Umbanda
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Em todos os movimentos filo-religiosos, sem distinção, a utilização de gestos ou posições ritualísticas é uma prática. Dos mais simples aos mais complexos, eles fazem parte dos ritos, que sejam de caráter litúrgico até os de simples pedidos pessoais.
Apesar de muitos não compreenderem exatamente o que significa o termo dogma, a de se considerar que a Umbanda, através do Movimento Umbandista, é dogmática em vários aspectos, visando, sob a sua ótica, o máximo aproveitamento dos esforços realizados em seus ritos, quer sejam de ordem individual, quer sejam de ordem coletiva.
Compreende-se que para cada ação em específico, há um gesto ritualístico em específico, visto que na movimentação, irradiação ou absorção de energias, os gestos proporcionam o direcionamento e os pontos de recepção das energias sutis, de acordo com cada propósito, visando a sua eficiência e eficácia.
As posições, que a princípio podem parecer desnecessárias, na realidade proporcionam os seus aspectos físicos e astrais quer sejam o de disciplina em si, bem como predispõe o psiquismo a uma sintonia com as vibrações afins ao propósito daquele momento.
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Com votos de profunda paz nos seus pensamentos, irradiante alegria nos seus sentimentos e harmonia nas suas ações, com prosperidade, força e minha benção. THASHAMARA Fonte: http://www.paiantonio.com.br/umbanda_magia_S_gestos_ritualisticos.htm |
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Significado do Termo Saravá
Façamos o desdobramento do termo sagrado Saravá, que
proveio do Abanheenga, um estudo arqueométrico
para aí acharmos, na sua original pureza, seu
significado:
SA (15) — significando: FORÇA, SENHOR
RA (20) — significando: REINAR, MOVIMENTO
VA (06) — significando: NATUREZA, ENERGIA
Assim, o termo litúrgico Saravá se pronuncia
segundo a modulação própria de uma das 7 Variantes
da Lei, ou seja, os 7 Mantras Sagrados, os quais
denominam as 7 Potências Originais ou Orishas
Originais, que por sua vez, ao consubstanciarem suas
qualidades e propriedades na Natureza (reino
natural), fizeram-no através das sutis correntes
elétricas ativas e magnéticas passivas, que em síntese
são as Linhas de Força.
para aí acharmos, na sua original pureza, seu
significado:
SA (15) — significando: FORÇA, SENHOR
RA (20) — significando: REINAR, MOVIMENTO
VA (06) — significando: NATUREZA, ENERGIA
Assim, o termo litúrgico Saravá se pronuncia
segundo a modulação própria de uma das 7 Variantes
da Lei, ou seja, os 7 Mantras Sagrados, os quais
denominam as 7 Potências Originais ou Orishas
Originais, que por sua vez, ao consubstanciarem suas
qualidades e propriedades na Natureza (reino
natural), fizeram-no através das sutis correntes
elétricas ativas e magnéticas passivas, que em síntese
são as Linhas de Força.
Assim, estamos observando que, segundo a
Coroa do Verbo, o vocábulo místico sagrado Saravá
tem como um primeiro significado: força propulsora
da natureza ou atributo externo operante das
Potências Superiores ou Orishas.
Fonte Livro: UMBANDA - A PROTO-SÍNTESE CÓSMICA
Autor: F. Rivas Neto
Coroa do Verbo, o vocábulo místico sagrado Saravá
tem como um primeiro significado: força propulsora
da natureza ou atributo externo operante das
Potências Superiores ou Orishas.
Fonte Livro: UMBANDA - A PROTO-SÍNTESE CÓSMICA
Autor: F. Rivas Neto
quinta-feira, 23 de junho de 2016
OS EXUS GUARDIÕES
OS EXUS
GUARDIÕES
Das entidades de umbanda Exu é
que mais polêmica e discussão geram entre curiosos e até mesmo integrantes dos
Cultos de Umbanda.
Para começar diremos que EXU
NÃO É:
Uma entidade trevosa que realiza
desejos escusos. Exu não tem nada a ver com as imagens comercializadas. Não é
vingativo, violento e cruel. Não usa capa vermelha ou preta. Não tem “pé” de bode.
Não é todo vermelho. Não tem rabo e nem chifres. Não come galinha ou carnes
cruas. Nem bebem até deixar seus “cavalos” sem condições de andar.
Não negamos que existem entidades que se apresentam ou
sejam até
mais horrendas do que as imagens de mau gosto encontrado nas casas de artigos
religioso, mas estas entidades com toda certeza não são Exus.
Exu, na realidade é guardião da Luz para as Sombras, e das
Sombras para as Trevas, e é ele
que
COMBATE às entidades que possuem as formas mais horrendas e esquisitas.
Estes seres ainda encravados no mal são os chamados KIUMBAS e são violentos,
vingativos e cruéis.
Tais criaturas são atraídas de
suas covas no SUBMUNDO ASTRAL pelas nossas próprias atitudes e sentimentos
inferiores, sendo que os EXUS SÃO COMO GUERREIROS, que impedem o
acesso destes seres às zonas mais superiores, e estes Kiumbas, quando podem,
mistificam os Exus, ou mesmo Caboclos, Pais-Velhos, e Crianças.
E como reconhecer um Exu de fato
e de direito? Simples:
O verdadeiro guardião não deixa
seu médium torto, com expressão de ódio no rosto, não fica com os dedos em
forma de garras, e não se arrasta no chão. Exu de Umbanda não fala palavrões de
deixar cabelo em pé, não é “doidinho” por marafo (pinga) e sangue e não aceita
entregas em encruzilhadas de rua ou cemitérios. Quem aceita estas coisas nestes
locais, são os já citados Kiumbas, que são os que gostam de galo e galinha
pretos na encruza.
Portanto CUIDADO irmão de fé, não
ofereça sangue ou animais nas ruas, pois poderá levar estas entidades para suas
casas, o que lhe trará os maiores dissabores e problemas.
Os preceitos para Exu são
entregues nas encruzilhadas das matas e campina, e sempre com elemento sutis.
Exu de Umbanda não pode ser comprado com bagatelas e Exu nenhum de verdade
aceita realizar trabalhos para matar ou prejudicar alguém.
Como sabemos Exu é justo, ou
seja, está ligado aos conceitos do “Quem deve paga, e quem merece recebe”. Por
isso não existe aquela história de fazer amizade com Exu, para conseguir isto
ou aquilo. Com isso, não queremos dizer que Exu é uma entidade boazinha, mas
pensem um pouco, que lógica tem baixar em um terreiro Caboclo, Pai-Velho,
Criança para fazer a caridade, e no mesmo terreiro baixar Exu para praticar o
mal.
Exu é de serventia de Caboclo, Pai-Velho e Criança, sim,
mas única e exclusivamente para que seja cumprida a JUSTIÇA KÁRMICA, POIS EXU
NÃO É BOM NEM MAL, É APENAS JUSTO.
Por isso devemos tomar cuidado
com o que pedimos para Exu, pois quem não sabe o que pede, não sabe o que quer,
e o que irá receber, e muito menos o que MERECE receber. Exu só trabalha com o
consentimento de entidades superiores e única e exclusivamente dá alguma coisa
a alguém se o merecimento deste alguém estiver de acordo com a Justiça Kármica.
Exu não costuma ficar “jogando
conversa fora”, ele vai direto ao assunto, orientando e conduzindo aquilo que
tem que ser feito, pois não é só esta a função de Exu.
EXU É TAMBÉM O AGENTE DA MAGIA, é
ele quem executa os processos mais sutis da MAGIA DA UMBANDA. Só por isso já
podemos deduzir que, para executar a magia e a justiça kármica, não poderiam
ser entidades irresponsáveis e muito menos entidades inferiores.
Exu também não pede que seus
médiuns se vistam de “galãs” de ternos, ou de preto e vermelho, e não realiza
sessões “fechadas”, onde até o sexo é praticado em nome de Exu, como sabemos
que acontece em muitos terreiros ditos de “Umbanda”.
Outra distorção que existe é a
respeito do Exu Sra Pomba-Gira. Este é um Exu feminino e muitos a colocam com
se fosse prostituta, uma mulher da vida. A Sra. POMBA GIRA É UMA EXU GUARDIÃO
DOS MAIS SÉRIOS em de promover a bagunça à orgia, como muitos desejam, ela
combate todas as perturbações relacionadas com o lado sexual, combatendo os
Magos Negros e seus Kiumbas.
Assim como na Umbanda existem
sete Orixás Menores Chefes de legião, na Kimbanda (que muitos confundem com
Magia Negra e praticas da Kiumbanda) existem sete Exus Guardiões da Luz para as
sombras que são:
Paralela ativa = UMBANDA
|
Paralela passiva =
KIMBANDA
|
ORIXÁS
|
EXUS GUARDIÕES
|
ORIXALÁ
|
EXU Sr. DAS 7 ENCRUZILHADAS.
|
OGUM
|
EXU Sr. TRANCA-RUAS.
|
OXOSSI
|
EXU Sr. MARABÔ.
|
XANGÔ
|
EXU Sr. GIRA MUNDO.
|
YORIMÁ
|
EXU Sr. PINGA-FOGO.
|
YORI
|
EXU Sr. TIRIRI.
|
YEMANJÁ
|
EXU Sra POMBA-GIRA
|
Obs. Os irmãos que
quiserem se aprofundar no assunto, indicamos o Livro EXU O GRANDE
ARCANO (F.Rivas Neto) editora Ícone. É muito
esclarecedor !
Material retirado do livro: CULTURA UMBANDÍSTICA -
Brasão de Freitas / Roger T. Soares / William C. Oliveira.-Ed. Ícone - 1994.
terça-feira, 14 de junho de 2016
Umbanda tem Fundamento, Umbanda tem História... É preciso conhecer, é preciso estudar...
Umbanda tem Fundamento, Umbanda tem
História...
É preciso conhecer, é preciso estudar...
Todo Cristão
conhece a história de Cristo e do Cristianismo, todo Judeu conhece a história
de Moisés e do Judaísmo, todo Muçulmano conhece a história de Mohamed (Maomé) e
do Islamismo, os três grupos têm em comum o patriarca Abraão também conhecido
por todos; todo Budista conhece a história de Sidharta Gautama (Buda) e do
Budismo, todo Hare Khrishna conhece a história de Krishna, e nós Umbandistas?
Conforme disse o
Caboclo das Sete Encruzilhadas:
“Umbanda é a
manifestação do espírito para caridade”
Muitos de nós
entendemos que basta a prática da caridade sem esclarecimento ou informação do
que é a Umbanda enquanto religião.
O esclarecimento
religioso inclui no mínimo sua liturgia e base histórica. Estas informações são
necessárias para dar ao praticante mais tranqüilidade e segurança da religião
que assumiu, podendo falar mais sobre ela, desmistificando conceitos e
assumindo o Orgulho de ser Umbandista.
A Umbanda não é
instituída, possui muitos órgãos representativos incluindo federações e
associações, logo não há um histórico oficial e este nosso despretensioso
ensaio servirá para esclarecer. Longe de nós a pretensão de oficializar a
história da Umbanda, queremos apenas compartilhar algumas informações que
consideramos muito importantes ao estudioso de Umbanda, que tem a sede do saber.
História é tudo
aquilo que está registrado (escrito, fotografado ou filmado), assim iremos
recorrer ao que os primeiros Umbandistas deixaram registrado em publicações, ou
seja, os primeiros livros e relatos da Religião de Umbanda. Livros que são parte
de sua história onde na maioria das vezes os autores foram umbandistas
atuantes.
Zélio de Moraes
não escreveu nada sobre si ou sobre a religião que teve seu inicio em 15 de
Novembro de 1908.
Em 1904, o livro
“As Religiões do Rio”, escrito por João do Rio, apresenta um estudo aprofundado
dos cultos no Rio de Janeiro e em momento algum aparece a palavra
Umbanda, o que endossa que nem a religião de Umbanda, nem a palavra, eram
presentes no Rio de Janeiro, onde nasceu a Umbanda.
Os primeiros
textos sobre a Umbanda aparecem em um livro chamado “No Mundo dos Espíritos”,
em 1925, uma coletânea de reportagens feitas pelo Jornalista Leal de Souza para
o vespertino da época chamado “A Noite”, onde aparece, entre outras, uma
reportagem do Centro Tenda Nossa Senhora da Piedade com o Médium Zélio de
Moraes.
Leal de Souza era
médium na Tenda Nossa Senhora da Piedade e por orientação de Zélio de Moraes e
do Caboclo das Sete Encruzilhadas, se tornaria o dirigente da Tenda Nossa
Senhora da Conceição.
Um dos primeiros
livros de Umbanda foi publicado em 1933 por Leal de Souza e recebeu o nome de
“O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda”, neste livro há um
capitulo (Cap. 23) intitulado “O Caboclo das Sete Encruzilhadas”, onde o autor
que conviveu muitos anos com o fundador da Umbanda fala um pouco sobre a
entidade, veja abaixo:
“Se alguma vez tenho estado em contato
consciente com algum espírito de luz, esse espírito é, sem duvida, aquele que
se apresenta sob o aspecto agreste, e o nome bárbaro de Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Sentindo-o ao
nosso lado, pelo bem estar espiritual que nos envolve e sensibiliza,
pressentimos a grandeza infinita de Deus, e, guiados pela sua proteção,
recebemos e suportamos os sofrimentos com uma serenidade quase ingênua,
comparada ao enlevo das crianças, nas estampas sacras, contemplando a beira do
abismo, sob as asas de um anjo, as estrelas do Céu.
O Caboclo das Sete Encruzilhadas pertence à falange de Ogum, e,
sob a irradiação da Virgem Maria, desempenha uma missão ordenada por Jesus. O seu
ponto emblemático representa uma flecha atravessando um coração, de baixo para
cima; - A flecha significa a direção, o coração é o sentimento e o
conjunto – orientação dos sentimentos para o alto, para Deus...
Entre a
humildade e a doçura extremas, a sua piedade se derrama sobre quantos o
procuram, e não poucas vezes, escorrendo pela face do médium, as suas lágrimas
expressam a sua tristeza, diante dessas provas inevitáveis a que as criaturas
não podem fugir...
A linguagem do
Caboclo das Sete Encruzilhadas varia, de acordo com a mentalidade de seus
auditórios. Ora chã, ora simples, sem um atavio, ora fulgurante nos arrojos da
alta eloquência, nunca desce tanto, que se abastarde, nem se eleva demais, que
se torne inacessível.”
Em Novembro 1971,
por ocasião do 63 aniversário da Tenda Nossa Senhora da Piedade a Senhora Lilia
Ribeiro, Diretora do “Boletim Macaia” e da “Tenda de Umbanda Luz, Esperança e
Fraternidade” – TULEF – gravou a mensagem abaixo dada de viva voz pelo Caboclo
das Sete Encruzilhadas. O texto foi colhido no livro “Umbanda Cristã e
Brasileira” de Jota Alves de Oliveira / Ed. Ediouro. A mensagem reflete os
conceitos estabelecidos, desde o princípio, 1908, pela Entidade Caboclo das
Sete Encruzilhadas e por Zélio de Moraes, veja abaixo
“A Umbanda tem
progredido e vai progredir. É preciso haver sinceridade, honestidade, e eu
previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a
Umbanda; médiuns que vão se vender e que serão, mais tarde expulsos, como Jesus
expulsou os vendilhões do templo”.
O perigo do médium
homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso
estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as
nossas casas fazem que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao Pai
de Terreiro, como ao coração do homem que fala à Mãe de Terreiro. É preciso ter
muito cuidado e haver moral, para que a Umbanda progrida.
Umbanda é
humildade, amor e caridade – essa é a nossa bandeira.
Neste momento,
meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil:
Caboclos de Oxossi, de Ogum, de Xangô. Este que vos fala, porém, é da falange
de Oxossi, meu Pai, e não veio por acaso; trouxe uma ordem, uma missão.
Meus irmãos: Sejam
humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, que as vossas
mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a
baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os
instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou na Terra, para que
tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro
nas casas de Umbanda.
Meus irmãos: Este
aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18. Posso
dizer que o ajudei a casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que
fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar
a nossa Umbanda.
A maior parte dos
que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que
saíram desta Casa.
Tenho uma coisa a
vos pedir: Se Jesus veio ao planeta terra na humilde manjedoura, não foi por
acaso. Assim o Pai determinou. Podia ter procurado a Casa de um portentado da
época, mas foi escolher aquela que havia de ser a sua mãe, esse espírito que
viria a traçar a humanidade os passos para obter Paz, Saúde e Felicidade.
Que o nascimento
de Jesus, a humildade em que ele baixou a Terra, a estrela que iluminou aquele
estábulo, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos, tirando os
escuros de maldade por pensamento, por práticas e ações; que Deus perdoe as
maldades que possam ter sido pensadas, para que a Paz possa reinar em vossos
corações e nos vossos lares.
Fechai os olhos
para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que
seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a Paz entrará
em vosso lar. È dos Evangelhos.
Eu, meus irmãos,
como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração
perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a
necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste Templo de caridade,
encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados e a saúde
para sempre em vossa matéria.
Com um voto de
Paz, Saúde e Felicidade, com Humildade, Amor e Caridade, sou e serei sempre
humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas”.
Umbanda têm Fundamento,
Umbanda têm História... É preciso conhecer, É preciso estudar... Com estas
palavras damos inicio a um estudo que mostrará um pouco da história da Umbanda,
daremos continuidade com mais informações sobre o trabalho do saudoso Zélio de
Moraes, falaremos sobre a Primeira Federação de Umbanda do Brasil, o Primeiro
Congresso de Umbanda do Brasil e também passaremos pelos primeiros autores de
Umbanda além de Leal de Souza, como João de Freitas (“Umbanda” – 1938),
Lourenço Braga (“Umbanda e Quimbanda” – 1942, “Trabalhos de Umbanda ou Magia
Prática”, “Os Mistérios de Magia”, “Umbanda e Quimbanda vol 2” ), Alfredo de
Alcântara (“Umbanda em Julgamento” –– 1949), J. Sobrinho (“Forças Ocultas, Luz
e Caridade” –– 1949), Florisbela Maria de Souza
(“Umbanda” – 1949), Oliveira Magno (“A Umbanda
Esotérica e Iniciática” – 1950, “Práticas de Umbanda”, “Umbanda e Ocultismo”,
“Ritual Prático de Umbanda”), Tancredo da Silva Pinto e Byron Torres (“Doutrina
e Ritual de Umbanda” – 1951), Aluizio Fontenele 1913 – 1952 (“O Espiritismo no
Conceito das Religiões e a Lei de Umbanda”, “A Umbanda através dos século”,
“Exu”), Samuel Ponze (“Lições de Umbanda” – 1954), que foram os primeiros
autores de Umbanda que sem duvida fazem parte dos primórdios da Umbanda, assim
como o registro publicado em livro “Primeiro Congresso Brasileiro do
Espiritismo de Umbanda”, não podemos deixar de citar o saudoso Benjamim
Figueiredo que vindo de uma família Kardecista conheceu a Umbanda na Tenda
Nossa Senhora da Piedade e fundou a Tenda Espírita Mirim em 1924,
posteriormente criou o Primado de Umbanda que traria também toda uma riqueza
doutrinária e de organização dentro da Umbanda. Tudo isso e muito mais faz
parte da história da Umbanda, esperamos poder aos poucos passar um pouco do que
cada um destes colaboradores da causa e do ideal fizeram pela nossa Umbanda
Fonte: Jornal de Umbanda
Sagrada
Autor: Alexandre Cumino
terça-feira, 7 de junho de 2016
A CONDUTA NOS TEMPLOS UMBANDISTAS
A CONDUTA NOS
TEMPLOS UMBANDISTAS
O
sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em grande
parte, da concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes.
Os templos umbandistas são locais sagrados, especialmente preparados para atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de veículos à prática da caridade.
Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos. Respeito, palavra que muitos bradam quando são contrariados, mas que cai no esquecimento daqueles que muito ofendem.
Os templos umbandistas são locais sagrados, especialmente preparados para atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de veículos à prática da caridade.
Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos. Respeito, palavra que muitos bradam quando são contrariados, mas que cai no esquecimento daqueles que muito ofendem.
Temos
visto, para nossa tristeza, que alguns dirigentes de terreiros deixam muito a
desejar no que se refere ao assunto em pauta. Permitem que pessoas de má índole
façam parte de seu quadro mediúnico; permitem aconchegos e conchavos; são muito
tolerantes ao permitirem ingressar no salão de trabalhos pessoas com trajes
incompatíveis com o que se realiza ou pretenda realizar. Permitem conversas
paralelas, algazarras, exibicionismos, bajulações etc., esquecendo-se que tais
comportamentos atraem e "alimentam" os kiumbas desqualificados, que,
aproveitando-se das vibrações negativas emanadas por estas pessoas,
desarmonizam e quebram a esfera fluídica positiva, comprometendo assim os
trabalhos assistenciais.
Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé.
Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé.
Temos
observado também que alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns, dirigirem-se
desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores. Debocham de suas
características e duvidam de sua eficiência. Entretanto, quando passam por uma
série de sofrimentos físicos e espirituais, tendo recorrido inclusive a
médicos, sem êxito, recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora foram alvos
de sua indiferença. Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso.
Que Deus na sua infinita misericórdia abra estes os corações brutos à preciosidade dos trabalhos de Umbanda.
Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas que representem fluídos do bem. Este procedimento tem como conseqüência a irmanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade.
O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de cada um.
Que Deus na sua infinita misericórdia abra estes os corações brutos à preciosidade dos trabalhos de Umbanda.
Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas que representem fluídos do bem. Este procedimento tem como conseqüência a irmanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade.
O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de cada um.
A
conduta reta e positiva deve ser a tônica em uma agremiação umbandista, para
que os Guias e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada
participante sementes de bondade, amor e proteção. A homogeneidade de
pensamentos é instrumento de poder do ser humano, rumo a concretização de seus
desejos, sendo fundamental que se apresentem límpidos e sinceros em uma Casa de
Umbanda.
Fonte: JORNAL UMBANDA HOJE
– Edição 03
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